sinto-me preso por ter sido solto num mundo de alegrias e grilhões. noites sem sono, noites sem dono, dias que vêm em vão. tanto corri atrás disso que devo ter chegado cansado à vida por assim viver. no entanto, cansado mesmo eu estou dos tantos querias que vieram à minha mente.
entendo as flechas e entendo os arcos, mas sinto o alvo tão, tão distante, que já nem sei se posso ver o branco em seus olhos. preciso respirar as palavras, preciso superar o obstáculo em que eu mesmo me tornei. será que preciso de um guia? deus já existe: e agora?
as horas inconscientes me dão cada vez mais medo. não sei o que fiz, não sei o que não fiz. a culpa que vem da possibilidade de ter feito me causa tanto remorso que volto a procurar os meios de punição já tão conhecidos pelo meu corpo.
tantos planos e tanta felicidade... será que isso pode ir pelos ares assim, como fumaça de cigarro?
que pecados cometi pra que essas angústias sejam justas? preciso de respostas mas, se algum dia eu consegui-las, o que diabo vou fazer com elas?
não sei. não sei: esta é, agora, uma das minhas tantas frases de ordem.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
artigos populares
-
...as flores que escorregam dos meus olhos dão para o parque industrial. o petróleo que doura os olhos sem flores me afoga numa noite sem es...
-
foste embora montando no passado feito o cheiro que retorna no abraço para ir-se novamente como o braço que parece nunca ter me abraçado ...
-
os bons morrem antes antes de quê, me pergunto antes de mim, antes de nós antes do mundo deixar a gente ficar junto só pra puxar assu...
Nenhum comentário:
Postar um comentário