fez de si mesmo uma mentira, expôs-se em retalhos de aço; no entanto, estava ele enclausurado entre grades e bolhas de sabão.
preso, sim, e sabia por quê.
acusado pelo assassínio de um coração.
culpado.
carrasco da própria sorte,
lançou-se egoisticamente à cruz.
não esperava piedades, embora parecesse:
seu choro aumentava pouco antes de ser enxugado pela própria garganta.
era uma pessoa má: entregue em vestais mas, ainda assim, má.
entre cuspes e gritos e dedos em riste,
em meio à vaias e caias e palavrões,
imerso em suas dores dos outros,
esperava apenas que
o esquecimento passasse por ali.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
artigos populares
-
ao redor da fogueira, histórias, memórias vivas de antepassados: são feito nudezes ensimesmadas aos olhos do índio, imaculados. usando...
-
um poema tem tantos nomes tantos poemas e tantos nomes não rimam, nomes primos que se importunam somente por si mesmos como o nome sem...
-
em dois anos de inverno não fazia flores nas folhas do caderno de repente, como não se espera, novamente em minhas mãos explodiu a p...
Nenhum comentário:
Postar um comentário