terça-feira, 22 de janeiro de 2013
o cansaço das horas mortas
não me venhas com romances
flores e velas e livros
não me mates o juízo
quero-me sóbrio de ti
não me ames como me amas
com esse riso de encontros
e olhos de despedida
que me deixam tonto de luz
e de chamas
hoje quero-te ausente
para que eu te sinta
e te minta em minha frente
não me digas de nós
que não quero morrer
emborcado nos lençóis
embebidos de eternidade
peço-te mais um dia
uma hora e um segundo
e o mundo surgiria
tens-me nas mãos
tens-me nos pés
no corpo todo
em sombras
e marés
não me mates o juízo
não me venhas com romances
que não quero morrer
embebido de eternidade
já fechei todas as portas
que dão para onde vives
só preciso que me livres
do cansaço das horas mortas
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