terça-feira, 12 de março de 2013
poema
lá onde os vôos param de súbito
quando os pássaros morrem na varanda
e o calor deixa lembrança na pele
a vida se resume em dias da semana nos quais
[se pode beber
lá onde o amor é feito sob lençóis e pecados
(e apenas para filhos)
onde as putas fazem negócio às escuras
entre hábitos e coturnos
no lugar em que a música arde num só violão
[de geração para geração
não se ouve falar de poesia e o lunário
[perpétuo perdeu as folhas
livros morrem com olhos amarelecidos
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Olha, sempre leio seus poemas, não sei quem você é, e não vou ler o seu perfil. Mas essas poesias feitas se susto, sussurros, desse ar queimado que só a realidade tem, dessa matéria irremediavel que somos. Esses poemas. Eles são.
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