o que canto se escreve, não se lê
só uma palavra largada em folhetos
não tem nem por onde, vai ter porquê?
seus versos dormem em ruínas, inquietos
despertam num vão, ninguém sabe aonde
correm nas rotinas morrem nos feriados
fugiram de casa têm os pés inchados
se rogo por eles nem deus me responde
o poema prostrado saiu da gaveta
um verso rasteiro o levou pra sarjeta
e achou a palavra sem lar nem língua
sem filhos nem pai, nem mãe também
e vejo agora a voz morrer à míngua
feito andarilho nos trilhos do trem.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
artigos populares
-
...as flores que escorregam dos meus olhos dão para o parque industrial. o petróleo que doura os olhos sem flores me afoga numa noite sem es...
-
está à venda um apanhado de poemas que escrevi, postos em e-book. são cinquenta e seis poemas num ebook simples, de cinquenta e oito páginas...
-
por favor, não se incomode com os roncos do motor agora o banco do carro é o colo da minha mãe fiz questão de usar álcool, não se preoc...
Nenhum comentário:
Postar um comentário